CÂMARA MUNICIPAL DE PITANGUI-MG

Poder Legislativo do Município de Pitangui

Projeto de Lei Ordinária Nº 21/2018

Dados do Documento

  1. Data do Documento
    15/05/2018
  2. Autores
    Vereador Antônio Lemos Basílio
  3. Ementa
    Denomina Rua CARMELITA ALVES DE CAMPOS a Rua Projetada com Rua Teófilo da Silva, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, nesta cidade e contém outras providências.
  4. Prazo
    15/10/2018
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PROJETO DE LEI N.º 021/2018

 

Denomina Rua CARMELITA ALVES DE CAMPOS a Rua Projetada com Rua Teófilo da Silva, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, nesta cidade e contém outras providências.

 

A Câmara Municipal de Pitangui, Estado de Minas Gerais, aprova:

 

Art. 1.º Fica denominada Rua CARMELITA ALVES DE CAMPOS a Rua Projetada com Rua Teófilo da Silva, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, nesta cidade.

 

Art. 2.º À Prefeitura Municipal de Pitangui compete:

 

I - a colocação de placas indicativas com o nome da rua;

 

II - a comunicação da denominação:

 

a) à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT;

 

b) à Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG;

 

c) à Empresa Algar/Telecom;

 

d) à Companhia de Saneamento de Minas Gerias - COPASA-MG;

 

e) ao Cartório de Registro de Imóveis da Comarca.

 

Art. 3.º As despesas decorrentes com a confecção das placas indicativas correrão por conta de dotações próprias do Orçamento vigente.

 

Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Plenário Senador Gustavo Capanema, 15 de maio de 2018.

 

 

 

Vereador Antônio Lemos Basílio

Pé de Cana

 

Justificativa: Carmelita Alves de Campos nasceu em 20 de fevereiro de 1938 na cidade de Pitangui/MG, filha de José Maria de Campos e Maria Alves de Campos sendo Carmelita a mais velha entre nove irmãos um deles falecido ainda jovem.

 

Filha de pais lavradores viviam na Área Rural de Pitangui conhecida como Ponte localizada atrás da Cruz do Monte. Toda sua infância passou nesse lugar, estudou até o quarto ano de grupo na Área Rural chamada Campo Grande. E como o meio de transporte era difícil tinha que se deslocar á pé, em carro de boi ou à cavalo ir a escola e a cidade.

 

Terminando o quarto ano de grupo parou de estudar tinha que trabalhar na lavoura como nas colheitas de algodão, milho e arroz, para ajudar seus pais e irmãos menores.

 

O divertimento que tinha era as festas religiosas, gostava de cantar e rezar o terço, tinha um caderno com várias músicas que gostava escritas, mas um parente levou emprestado e como havia perdido o contato não o recuperou mais.

 

Iniciou cedo o vicio do cigarro de palha por trabalhar na lavoura havia muitos insetos e diziam que a fumaça do cigarro fazia com que os insetos não perturbassem tanto, permanecendo assim com o vício.

 

Aos 28 dias do mês de setembro de 1959 casou- se com 21 anos de idade com um trabalhador rural e amansador de cavalo chamado Alcides Miguel Faustino morador da Área Rural conhecida como Casa Grande. Tiveram ao todo oito filhos sendo um deles falecido recém-nascido.

 

Depois de casada viveu por alguns anos na Fazenda Sapezal de propriedade do Dr. Dito morando e trabalhando. Após a venda da Fazenda Sapezal mudou-se em 1973 para cidade de Pitangui.

 

Como seus pais José Maria de Campos e Maria Alves de Campos haviam se mudado para a cidade de Pitangui tornando-se uns dos primeiros moradores do Bairro Serra atual Bairro Nossa Senhora de Fátima, após o falecimento de ambos surgiu a oportunidade da compra das partes da herança dos irmãos mudando-se Carmelita com o cônjuge Alcides Miguel Faustino e quatros filhos Maria Ângela de Campos, José Antônio de Campos, José Wandeir Faustino e Maria Sueli Faustino para a Cidade.

 

Tornando-se moradora do Bairro Serra em 1973 onde viviam apenas umas cinco famílias, não tinha calçamento, rede de esgoto, energia elétrica e nem água encanada as roupas eram lavadas no córrego. Ela presenciou todas as mudanças que ocorreu no bairro desde o desenvolvimento das melhorias físicas como o crescimento de números de famílias que iam surgindo e a troca do nome do Bairro de Serra para Bairro Nossa Senhora de Fátima.

 

Carmelita Alves de Campos moradora do Bairro Nossa Senhora de Fátima, à Rua Geraldo Alves de Campos (também um dos primeiros moradores do bairro), número 81, Pitangui- MG. Mulher de fé, simples, boa mãe e esposa, honesta e trabalhadora. Passou por muitos momentos difíceis chegou a ser internada durante um mês em Belo Horizonte deixando um filho pequeno José Adair de Campos que teve após mudar para cidade aos cuidados do pai e dos quatro irmãos mais velhos.

 

Desenganada pelos médicos não desistiu sua fé e de todos que a amavam a ajudou no processo de sua cura retornando para casa. Logo depois teve mais duas filhas, Cláudia Maria de Campos e Maria Alaíde Campos Faustino, totalizando sete filhos vivos.

 

No Bairro Nossa Senhora de Fátima Carmelita participava das rezas de terço, das fogueiras e pôde acompanhar a luta dos moradores do bairro para conseguir erguer a Igreja Nossa Senhora de Fátima.

 

Não tinha quem falasse mal de Carmelita todos a procuravam alguns homens e crianças para cortar o cabelo não cobrava nada, mães com seus filhos doentinhos para saber de algum chá caseiro para dor de barriga, pois tinha vários tipos de plantas, benzia também as crianças, caridosa ajudava no que podia, não gostava te aparecer fazia tudo em silêncio.

 

Ela amava buscar lenha sempre cozinhava no fogão a lenha e tinha um grupo de mulheres que buscavam lenha junto com ela em um mato conhecido como Mata do Céu, Carmelita suas companheiras e filhos traziam os feixes de lenha na cabeça era a líder a primeira da fila e na hora de voltar para a casa ajudava a todos colocarem seus feixes de lenha na cabeça e o seu colocava sozinha sendo a última da fila as companheiras se sentiam protegidas com ela.

 

Demonstrava-se frágil, mas na realidade era forte e corajosa. Não trabalhava fora era do lar, cuidava dos filhos, da casa, vendia ovos caipiras, fazia vassoura de licuri e sabão.

 

Carmelita faleceu aos 65 anos de idade no dia 17 de julho de 2013 na Santa Casa de Misericórdia de Pitangui com enfisema pulmonar deixando o esposo, sete filhos e cinco netos. Após seu falecimento vieram mais três netos e duas bisnetas.

 

Carmelita deixou muitas saudades a toda família e aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la e conviver com ela, deixou exemplo de mulher forte, corajosa, honesta e caridosa, deixou lembranças de uma pessoa amorosa que não reclamava de nada somente agradecia.  

 

Por meio da denominação do logradouro público em comento, com o nome de Carmelita Alves de Campos, o Poder Legislativo presta sua homenagem a uma pessoa que em toda sua vida só fez o bem.

PROJETO DE LEI N.º 021/2018

 

Denomina Rua CARMELITA ALVES DE CAMPOS a Rua Projetada com Rua Teófilo da Silva, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, nesta cidade e contém outras providências.

 

A Câmara Municipal de Pitangui, Estado de Minas Gerais, aprova:

 

Art. 1.º Fica denominada Rua CARMELITA ALVES DE CAMPOS a Rua Projetada com Rua Teófilo da Silva, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, nesta cidade.

 

Art. 2.º À Prefeitura Municipal de Pitangui compete:

 

I - a colocação de placas indicativas com o nome da rua;

 

II - a comunicação da denominação:

 

a) à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT;

 

b) à Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG;

 

c) à Empresa Algar/Telecom;

 

d) à Companhia de Saneamento de Minas Gerias - COPASA-MG;

 

e) ao Cartório de Registro de Imóveis da Comarca.

 

Art. 3.º As despesas decorrentes com a confecção das placas indicativas correrão por conta de dotações próprias do Orçamento vigente.

 

Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Plenário Senador Gustavo Capanema, 15 de maio de 2018.

 

 

 

Vereador Antônio Lemos Basílio

Pé de Cana

 

Justificativa: Carmelita Alves de Campos nasceu em 20 de fevereiro de 1938 na cidade de Pitangui/MG, filha de José Maria de Campos e Maria Alves de Campos sendo Carmelita a mais velha entre nove irmãos um deles falecido ainda jovem.

 

Filha de pais lavradores viviam na Área Rural de Pitangui conhecida como Ponte localizada atrás da Cruz do Monte. Toda sua infância passou nesse lugar, estudou até o quarto ano de grupo na Área Rural chamada Campo Grande. E como o meio de transporte era difícil tinha que se deslocar á pé, em carro de boi ou à cavalo ir a escola e a cidade.

 

Terminando o quarto ano de grupo parou de estudar tinha que trabalhar na lavoura como nas colheitas de algodão, milho e arroz, para ajudar seus pais e irmãos menores.

 

O divertimento que tinha era as festas religiosas, gostava de cantar e rezar o terço, tinha um caderno com várias músicas que gostava escritas, mas um parente levou emprestado e como havia perdido o contato não o recuperou mais.

 

Iniciou cedo o vicio do cigarro de palha por trabalhar na lavoura havia muitos insetos e diziam que a fumaça do cigarro fazia com que os insetos não perturbassem tanto, permanecendo assim com o vício.

 

Aos 28 dias do mês de setembro de 1959 casou- se com 21 anos de idade com um trabalhador rural e amansador de cavalo chamado Alcides Miguel Faustino morador da Área Rural conhecida como Casa Grande. Tiveram ao todo oito filhos sendo um deles falecido recém-nascido.

 

Depois de casada viveu por alguns anos na Fazenda Sapezal de propriedade do Dr. Dito morando e trabalhando. Após a venda da Fazenda Sapezal mudou-se em 1973 para cidade de Pitangui.

 

Como seus pais José Maria de Campos e Maria Alves de Campos haviam se mudado para a cidade de Pitangui tornando-se uns dos primeiros moradores do Bairro Serra atual Bairro Nossa Senhora de Fátima, após o falecimento de ambos surgiu a oportunidade da compra das partes da herança dos irmãos mudando-se Carmelita com o cônjuge Alcides Miguel Faustino e quatros filhos Maria Ângela de Campos, José Antônio de Campos, José Wandeir Faustino e Maria Sueli Faustino para a Cidade.

 

Tornando-se moradora do Bairro Serra em 1973 onde viviam apenas umas cinco famílias, não tinha calçamento, rede de esgoto, energia elétrica e nem água encanada as roupas eram lavadas no córrego. Ela presenciou todas as mudanças que ocorreu no bairro desde o desenvolvimento das melhorias físicas como o crescimento de números de famílias que iam surgindo e a troca do nome do Bairro de Serra para Bairro Nossa Senhora de Fátima.

 

Carmelita Alves de Campos moradora do Bairro Nossa Senhora de Fátima, à Rua Geraldo Alves de Campos (também um dos primeiros moradores do bairro), número 81, Pitangui- MG. Mulher de fé, simples, boa mãe e esposa, honesta e trabalhadora. Passou por muitos momentos difíceis chegou a ser internada durante um mês em Belo Horizonte deixando um filho pequeno José Adair de Campos que teve após mudar para cidade aos cuidados do pai e dos quatro irmãos mais velhos.

 

Desenganada pelos médicos não desistiu sua fé e de todos que a amavam a ajudou no processo de sua cura retornando para casa. Logo depois teve mais duas filhas, Cláudia Maria de Campos e Maria Alaíde Campos Faustino, totalizando sete filhos vivos.

 

No Bairro Nossa Senhora de Fátima Carmelita participava das rezas de terço, das fogueiras e pôde acompanhar a luta dos moradores do bairro para conseguir erguer a Igreja Nossa Senhora de Fátima.

 

Não tinha quem falasse mal de Carmelita todos a procuravam alguns homens e crianças para cortar o cabelo não cobrava nada, mães com seus filhos doentinhos para saber de algum chá caseiro para dor de barriga, pois tinha vários tipos de plantas, benzia também as crianças, caridosa ajudava no que podia, não gostava te aparecer fazia tudo em silêncio.

 

Ela amava buscar lenha sempre cozinhava no fogão a lenha e tinha um grupo de mulheres que buscavam lenha junto com ela em um mato conhecido como Mata do Céu, Carmelita suas companheiras e filhos traziam os feixes de lenha na cabeça era a líder a primeira da fila e na hora de voltar para a casa ajudava a todos colocarem seus feixes de lenha na cabeça e o seu colocava sozinha sendo a última da fila as companheiras se sentiam protegidas com ela.

 

Demonstrava-se frágil, mas na realidade era forte e corajosa. Não trabalhava fora era do lar, cuidava dos filhos, da casa, vendia ovos caipiras, fazia vassoura de licuri e sabão.

 

Carmelita faleceu aos 65 anos de idade no dia 17 de julho de 2013 na Santa Casa de Misericórdia de Pitangui com enfisema pulmonar deixando o esposo, sete filhos e cinco netos. Após seu falecimento vieram mais três netos e duas bisnetas.

 

Carmelita deixou muitas saudades a toda família e aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la e conviver com ela, deixou exemplo de mulher forte, corajosa, honesta e caridosa, deixou lembranças de uma pessoa amorosa que não reclamava de nada somente agradecia.  

 

Por meio da denominação do logradouro público em comento, com o nome de Carmelita Alves de Campos, o Poder Legislativo presta sua homenagem a uma pessoa que em toda sua vida só fez o bem.

Movimentações

Andamento
11 Jun 2018 10:38
Entrada
Destinatário: Secretaria
11 Jun 2018 10:33
Ínicio